22.9.05

Música Instrumental(divulgação)

Começa hoje, e que eu saiba é também totalmente de graça com distribuição de senha, o II Festival Latino-americano de . Rola hoje e amanhã (22 e 23/09) no Sesc da Tijuca, e sábado e domingo (24 e 25/09) no Museu da Republica. Semana que vem também vai rolar de quinta a domingo.Vão ser oficinas e apresentações de sete países: Argentina, Bolívia, Cuba, Peru, Uruguai, Venezuela e Brasil.Informações e programação completa no site http://www.festivallatino.com.br/

21.9.05

Dica:

Não foi amor à primeira vista, mas chamou minha atenção logo de cara. Afinal, vi no jornaleiro, um cartaz dizendo que estava para ser lançada uma revista (Entre Livros) que iria tratar de literatura, discutir a língua portuguesa, conter resenhas e um colunista chamado Umberto Eco. Não é pouca coisa! Contudo, desligado como sou, não fiz questão de conferir. Só que eu não contava que ela — a revista — viria me buscar na faculdade, e numa aula (adivinha.) de Língua Portuguesa usou a boca da professora para me fazer lembrar que ela existe e tem sentimentos. Fui procurá-la. Batemos um papo e percebi que ela faz o tipo de revista que desperta fascínio desde o início e vai até o fim assim: interessantíssima! Combinamos então de nos encontrarmos uma vez por mês e colocar o papo em dia.
A edição que está nas bancas é a de número 05, custa R$ 9,90. Destaco a entrevista com Millôr Fernandes, onde grifarei um pequeno trecho que ele se refere a Machado de Assis: Acho Machado uma pessoa falsa, como o Lula.

18.9.05

Eu já falei para vocês de Brasislândia?
Fabio Feijão

Aqui se convive pacificamente com tudo. Não é como nos outros países que a intolerância é soberana, onde brigam só porque Deus tem o nome diferente — sendo o mesmo — , porque a pele tem a cor diferente sendo no final a mesma coisa, ou seja, humano; e não tem nada mais humano do que a propriedade de ser imbecil, pois desde quando é racional um ser dotado de inteligência, teimar tanto em ser irracional? É por pura opção, racionalmente irracional. Nesse país as coisas são bem diferentes, sabemos lidar com as diferenças. Essa terra foi cultivada por mil braços: índios, africanos, portugueses, italianos, espanhóis, japoneses etc., portanto não há lugar para a intolerância. Toleramos todas as estranhezas, passamos com normalidade pelas crianças dormindo ao chão de nossos prédios todas as noites — e ultimamente, aqui no meu quarto, faz um frio — ; vemos o porteiro fazer questão de abrir a porta de serviço para nosso amigo que vem nos visitar, porque no meu prédio o porteiro é bem eficiente, obedece satisfatoriamente as ordens da síndica, mas não sei por que é sempre a de serviço; acompanhamos como uma novela os inúmeros e intermináveis detalhes da corrupção desse país pelo noticiário diariamente; “macumbeiros” e “crentes” trabalham, estudam e convivem com os “católicos não praticantes” sem um precisar espancar o outro por terem religiões diferentes, é verdade que misturar não se misturam, mas ninguém faz guerra por isso, ninguém mata ninguém por isso (já por outras coisas...). E por que essa nação se diferencia tanto das outras? Por que somos tão pacíficos? A resposta já foi dada: porque toleramos. Pela nossa acomodação, achamos tudo muito natural, e quem se destoa, quem acha tudo isso um grande absurdo, se acha meio chato, pensa que está incomodando por falar dessas coisas tão batidas, mas não precisa se preocupar tanto, pois ele também será tolerado.

19-set-2005.